O ambiente escolar é rico em relações interpessoais e desde a mais tenra idade, as crianças se relacionam umas com as outras neste ambiente. Na Educação Infantil - de 3 a 6 anos - elas são mais receptivas, não se importam com diferenças entre colegas, querem brincar, sujar, pular, cantar, gritar, enfim serem crianças. Todavia, algumas famílias - talvez com intenção de proteger seus filhos - acabam transmitindo a eles certos preconceitos que os distanciam das demais crianças. É bastante comum em ambientes escolares, crianças ricas permaneceram distantes das pobres, loiras distantes das negras, magras distantes das gordas, rebeldes distantes das calmas, serem rotuladas por diferenças religiosas e também por alguma deficiência física ou mental. É importante ressaltar que nesta fase, a maioria das crianças que age dessa forma, apenas reproduz os ensinamentos familiares , porém com o passar do tempo passa a agir dessa forma por ter aprendido que esta é a melhor maneira de se conviver em grupo. É necessário que o professor esteja atento ao comportamento de seus alunos, uma vez que nesta idade há muito o que se fazer para reverter essas atitudes que poderão originar um cidadão altamente despreparado para receber uma pessoa diferente.
Uma instituição educacional que acredita no verdadeiro processo de inclusão deve promover atividades diárias em que seus alunos desde a Educação Infantil, cultivem o respeito, amor, cidadania, o cuidar de si e do outro, aceitação, companheirismo e tantas outros valores necessários a formação de um cidadão justo. Essas situações devem envolver toda a comunidade escolar, num movimento de reflexão e troca de experiências entre as famílias visando possíveis conscientizações em torno do processo de se educar um filho para atuar numa sociedade inclusiva.
Professora responsável pela postagem Patrícia Bortulluzzo.
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